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domingo, 12 de janeiro de 2014

Claustrofobia social


Antissocial.
Não sei se é isso, antissocial. Mas a solidão me cativa, me embala em seus braços, canta musicas de ninar e me faz dormir. Ou apenas tenho a alma de uma velha carrancuda que mora com sete gatos. Odeio barulhos repetitivos, musica alta, lojas lotadas, empurra-empurra, gente suada se esfregando em mim na balada e barulhos repetitivos. Sim, odeio barulhos repetitivos.
Sou chata pra cacete, um porre mesmo. I N S Ú P O R T Á V E L.
Eu gosto da coisa ao meu modo. Tem que estar certo pra mim e foda-se. Gosto de ficar zanzando pela playlist e alternando entre rock pesado e musica clássica. Gosto de ler meus livros de poesia e de escrever, dormir ouvindo a chuva caindo no telhado e tentando decifrar o que ela diz pra mim, ouvir o som dos pássaros, gosto de cantar, não só no chuveiro, mas em qualquer lugar com essa linda voz de taquara rachada que Deus me deu. Mas também gosto de passar noites acordada assistindo filmes sem uma moral definida, passo tardes assistindo as propagandas à lá Tekpix e comendo besteiras no sofá. "Saúde? O que é isso?" Me pergunto nesses dias. Sou dois opostos, dois polos que se juntam no final do dia pra descansar e que cobrem os pés mesmo num calor de 40°C só pro bicho-papão (ou qualquer outro monstro tenebroso) não puxar meu pé. Sou muito mas também sou pouco.
Tenho um limite, não suporto gente por muito tempo. Humanos que não são humanos, gente que não se importa com a gente, tudo isso me sufoca, me faz querer morar numa fazendinha afastada de tudo e de todos. Mas com o passar do tempo sinto falta da muvuca, do esfrega-esfrega, do povo suado, de toda essa gente que se torna insuportável com o passar do tempo.